data-filename="retriever" style="width: 100%;">A Igreja nos oferece quatro semanas chamadas de tempo de advento para nos ajudar a preparar a festa do Deus feito "pequeno", do Deus feito carne, do Deus tornado visível com nossa própria fisionomia. Estamos vivendo a segunda semana do tempo de advento.
Ainda é tempo de advento, tempo de abandonar o egoísmo, despir-se do orgulho e da vaidade e olhar para os outros, estender a mão, oferecer o ombro, ou uma palavra amiga aos que de nós necessitam.
Ainda é tempo de advento, período em que podemos renovar nossos sentimentos de ternura, reafirmar nosso compromisso com a verdade, refletir sobre a grandeza e a dignidade da vida, do amor e da simplicidade.
Ainda é tempo de advento, época sagrada para ouvir os cânticos, os convites e mesmo os imperiosos apelos para optar pela paz e pelo bem e de renunciar a toda a tendência ao ódio, à violência e à vingança.
Ainda é tempo de advento, momento privilegiado para diminuirmos as correrias, silenciar, ao menos por alguns instantes, e bem no íntimo do coração, sentir um afago de ternura inexplicável e único de quem é capaz de nos surpreender com seu amor.
Ainda é tempo de advento, oportunidade ímpar para acender as luzes da fé e da esperança, apesar de todas as contrariedades e contradições dessa sociedade.
Ainda é tempo de advento, tempo de consertar e de reparar os estragos causados pela ganância e pelo poder desordenado.
Ainda é tempo de advento, tempo de remover obstáculos, romper barreiras, vencer conflitos gerados pelo nosso orgulho e intolerância.
Ainda é tento de advento, tempo de superar a mediocridade, alargar a generosidade, estender as mãos e os abraços para acolher os sofredores e amparar os abatidos.
Ainda é tempo de advento, tempo de experimentar a vida nova e renovada pelo amor incondicional de um Deus surpreendente em simplicidade, ternura, misericórdia e bondade.
Ainda é tempo de advento, tempo de pensar no amor de Deus por nós, na sua amável e doce presença que vem ao nosso encontro sem cobranças, sem condenações, sem olhar para as vestes que usamos, sem perguntar quanto ganhamos, sem querer saber quantos diplomas ou honrarias conquistamos, mas quer saber, sim, como está nosso coração, nossos sentimentos, quais os nossos sofrimentos e angústias.
Ainda é tempo de advento, tempo de reunir-se, de juntar-se em coro harmonioso e entoar um hino de louvor pelo privilégio de viver, de crer, de poder amar e ser amado. Ainda é tempo de advento, tempo de preparar a festa externa, mas de maneira muito especial, preparar a festa interior cujos enfeites não serão flores, luzes, pinheiros, mas justiça, sinceridade, lealdade, ternura, acolhimento, e, sobretudo, amor gratuito.
Ainda é tempo de advento, é tempo de estar com Deus, de ouvi-Lo, de falar com Ele e, especialmente, de abrir-Lhe a porta de nossa vida.
Ainda é advento! É tempo de conversão! É tempo de amar!